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INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL NA SAÚDE PÚBLICA DO BRASIL
"Uma urgência urgentíssima"


A inteligência artificial aplicada à saúde pública não é apenas uma ferramenta tecnológica — é um ativo estratégico que pode redefinir o futuro do Brasil.

Nosso país possui um dos maiores e mais valiosos conjuntos de dados de saúde do mundo, fruto de um sistema único como o SUS e de uma população diversa em sua genética, cultura e história.

Esses dados, se devidamente integrados e analisados por modelos avançados de IA, podem nos colocar na vanguarda da medicina de precisão, fortalecendo nossa capacidade de prevenir doenças, personalizar tratamentos, otimizar recursos e acelerar descobertas biomédicas. Isso significa vidas salvas, custos reduzidos, produtividade ampliada e independência científica.

Mas é preciso compreender: qualquer atraso nessa adoção coloca em risco a soberania informacional do Brasil.

É perigoso deixar que sistemas estrangeiros dominem essa frente estratégica significa abrir mão de decidir, com autonomia, sobre políticas de saúde, prioridades de pesquisa e até sobre a segurança dos dados de nossos cidadãos.

Significa aceitar a dependência de tecnologias externas, sujeitas a interesses comerciais e geopolíticos que não necessariamente coincidem com os nossos.

A implementação da IA na saúde pública deve se apoiar em pilares sólidos: estudos de coorte em larga escala que validem algoritmos e identifiquem biomarcadores inovadores; fenotipagem e genotipagem integradas para gerar modelos preditivos ajustados à nossa realidade; monitoramento e retreinamento contínuo de modelos para garantir precisão e equidade social; e a criação de registros nacionais interoperáveis, garantindo a diversidade de dados e soberania sobre a informação.

Os benefícios macroeconômicos dessa transformação são claros: redução de custos hospitalares, maior eficiência na gestão, atração de investimentos, geração de propriedade intelectual nacional e fortalecimento da balança tecnológica. É a oportunidade de transformar dados em riqueza, ciência e saúde para todos.

Portanto, afirmo com clareza e convicção: investir agora em inteligência artificial para a saúde pública é garantir autonomia, competitividade e futuro. É agir com pragmatismo diante de um cenário global cada vez mais competitivo. É assegurar que o Brasil não seja apenas um consumidor de tecnologias estrangeiras, mas um protagonista na criação de soluções que servirão não apenas à nossa população, mas ao mundo.

Se o Brasil quiser ser dono de seu destino na saúde, o momento é agora. Cada dia de inércia é um dia em que perdemos terreno, um dia em que entregamos parte do nosso patrimônio informacional. Não podemos hesitar. Temos a capacidade, temos os dados, temos o talento, termos parceiros.

O que precisamos é de decisão política e ação estratégica imediata para fazer da inteligência artificial não apenas uma aliada, mas um pilar da soberania nacional.


Dr. Izidoro de Hiroki Flumignan
Médico Sanitarista
izidoroflumignano@gmail.com



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